quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fatos de Final de Campanha

Fatos que fizeram parte da campanha politica em Duque de Caxias.

Como já dantes escrevi, esta campanha foi realmente marcada pelo "conto" e pela "conta", esperamos que no próximo dia 03/10 vença a consciência.

Como morador de D. Caxias e atuante em diversas comunidades do município, ouvi e vi muitas coisas nestas eleições, fatos típicos e outros totalmente atípicos. Vi laços rompidos e muito veneno escorrendo, vi pessoas que por sua sinceridade e firmeza de caráter não mudaram seu modo de viver, vi e ouvi também o desespero e despreparo de certos "cabos eleitorais" que de inteligencia e comunicação nada entendem, porém de "rinha" e de muita pantomima, estes, enchem seus dias vazios. São corneteiros e artistas circenses amadores e sem área de atuação definida, que fazem de nossa já desgastada política uma verdadeira "palhaçada" em detrimento a política séria que tentamos praticar e ensinar nas ruas e nas comunidades onde palestramos.

Sei que tudo isso faz parte do "show", mas já não posso mais concordar com isso.

Ponderações sobre o que vi e ouvi:

Existem políticos que nunca se definem por ideologia preferem moldar seu carater quando vêem ameaçado seu "ganho" político, daí partem para a agressividade ferrenha e descontrolada com estocadas fortes no coração, ou talvez nas tetas, de quem outrora os sustentava, criam assim uma personalidade desfigurada e horrenda formada por pedaços de ódio de diversos desafetos, que outrora eram também "seus" desafetos. Esta dita personalidade é forjada na pressa de se obter parcerias daqueles que igualmente sentem-se abandonados e lançados na sarjeta sem seus "sustentos" costumeiros. Não que seu atual adversário tenha conseguido se livrar de todos seus parasitas, mas que por não serem mas interessantes, de tão gordos, acabam caindo no esquecimento. Ideologia de revolta não tem resultados positivos na nossa história política, pois afinal, quem sempre sai enganada é a massa movida por discursos inflamados e sem conteúdo. Vitimando-se por não poderem mais ampliar seus ganhos, disfarçam seus verdadeiros objetivos em dor de perda.

Existe sempre o lado "faz parte" no jogo eleitoral, deixem-me explicar: Faz parte a pantomima, faz parte a bateria do samba, faz parte o corneteiro, enfim, faz parte um todo da campanha eleitoral. Em minha luta por tornar o entendimento político algo sério e que o eleitor comum, para de me dizer que são quase todos ladrões e que também abandonem a ideia de como ganhar algum dinheiro nas eleições, falo constantemente que isso deveria ser extinguido de nossas vigorosas caminhadas políticas e de nossos comícios, não pela alegria que provocam, pois sou a favor dela, mas pelo desgaste trazido para a já desgastada política. O corneteiro é um barulhento sem noção que me passa a ideia de que deixando o eleitor surdo ele não ouça algo que o político possa querem esconder, a bateria retumbante me traz a ideia de carnaval, de diversão e de barulho que talvez queira abafar o som dos protestos que todo político deve ouvir e responder a seus eleitores. A pantomima deixa a impressão que não temos nada útil a transmitir ao cidadão que nos ouve e que deseja ver trabalho e não desfile de alegorias, sei que fazem isso para alegrar o político, mas nossa responsabilidade é com o povo, objetivando eleger o político, político este que vamos para as ruas pedir votos por que acreditamos em seu TRABALHO, e não mas fantasias momentâneas transmitidas pela alegoria carnavalesca. Caxias é uma cidade feliz, afinal temos de tudo em época de campanha.

Admiro o modo de se fazer campanha em D.Caxias, como estudante de marketing, para mim tem sido um laboratório extraordinário, o calor dos discursos sinceros me comove e me atrai, o desejo de mudança do que está ruim me empolga, a continuidade do correto me fortalece. Porém apanho-me pensando que esta formula deveria ser alimentada em todo mandato e não apenas na campanha, isso porque existem elementos do "show" que só aparecem durante a campanha para defenderem seu sustendo, depois entram numa caverna e tornam-se inúteis a população, já não se empenham por aqueles que ajudaram a eleger e muitos nem ao menos sabem o que seus candidatos eleitos realizam durante o mandato, ou seja, não prestam contas e população do que prometeram e falaram durante a campanha.

Em minha luta por tornar a verdadeira política conhecida e respeitada encontro em todos os seguimentos sempre alguma resistência.
Entre os jovens me deparo com a extrema falta de informação dos pontos positivos e também grande revolta pelo que a mídia expõe de ruim na política, sem que haja da parte dos verdadeiros políticos um ensinamento neste sentido, seja nas escolas ou em outras reuniões.
Entre os religiosos encontro a barreira que diz que politica é coisa do mundo, tendo esclarecer sobre as verdadeiras políticas públicas e que estas só serão eficazes se acompanharmos de perto o político, seja este religioso ou não, mas alguns aproveitando-se disso tentam empurrar a imagem do político crente, que não se corromperá, fazer política séria é como viver um casamento sério, depende do carater e não da religião.
Entre a população em geral encontro a desinformação e o descaso em buscar estas informações e até mesmo o abandono daqueles que pedem o voto ao cidadão, quando fora da campanha.

Amigos, despreparo a parte, acredito que aquele que deseja um cargo público, que seja o primeiro a saber que o cargo é público, que não existe este negócio de "meu mandato". Infelizmente o despreparo a ignorância e a truculência de alguns assessores, torna o acesso ao político eleito quase impossível, acho que isso é medo do eleitor ver quebrada a imagem que passaram ao eleitor em época de campanha. Alguns assessores também são verdadeiros muros de contensão ao político. Sendo o cargo fruto de uma eleição nada mais honesto que ir as ruas ou a reuniões falar acerca do mandato, isso uma vez por mês seria de grande ganho a verdadeira política.

Termina a campanha, dia 03/10 é nas urnas que daremos a resposta, passarei este dia conversando com amigos e na minha luta por um política séria que sei que existem políticos que sabem como pratica-la.

Longe de nós o fervor de alguns contadores de história ou de vitimados ou de passivos atores políticos, queremos trabalho político eficaz e real, consistente.

Conto com voce amigo leitor, faça sua cidadania valer a pena.

Abraços Fraternos.